terça-feira, 30 de setembro de 2014

¡Que viva el Peru, señores! (1)


Como queríamos, mergulhámos na viagem : mal de mar nas ilhas Ballestas, el soroche ou mal de altitude na Cruz del Condor, mal de altitude ao sobrevoarmos as misteriosas linhas de Nasca, mal na barriga um pouco por todo o lado, e mesmo uma forma de saudade-mal-do-país, por parte de um certo membro da equipa, que reclamou os seus brinquedos.

E no entanto, deixamo-nos encantar pelos nossos primeiros leões marinhos nas ilhas Ballestas, as nossas primeiras vicoñas nas colinas do El Misti, as nossas primeiras mumias Paracas, o nosso primeiro muro Inca, o nosso primeiro porquinho da India grilhado, o nosso primeiro rebanho de lamas e alpacas nas pampas.

A viagem continua. E algo nos diz que ainda não acabámos de ser seduzidos...

Alors, ça y est, on est en plein dedans : mal de mer aux îles Ballestas, mal de montagne à la Cruz del Condor, mal de l'air au dessus de Nasca, mal au ventre un peu tout le temps, et même une forme de mal du pays, pour un certain membre de l’équipe qui a réclamé ses jouets. On a eu tout ça, au cours de ces deux premières semaines au Pérou.

Et pourtant, on tombe sur le charme de nos premières otaries du Pacifique, nos premières vigognes sur les pentes d'El Misti, nos première momies Paracas, notre premier mur Inca, notre premier cochon d'Inde grillé. 

Pour des petites natures comme nous, on n'a pas fini de s'émerveiller.

sábado, 20 de setembro de 2014

Vai Brasil


Tudo o que esperávamos e mais surpresas. Assistimos ao pôr do sol no alto do Pão de Açúcar. Cruzámo-nos com anjos em carne e osso e plumas em Paraty. E depois com macacos sagui, como se fossem pombos, em pleno Rio. Atravessámos, sem tremer, uma ponte suspensa por pouco mais do que fio dental : em baixo pedras e a água que vinha do Poço do Tarzan. Subimos e descemos montanhas cobertas de raizes e rochedos por todos os lados, e quase ao tombar da noite, vimos uma família de macacos bugio a passar nas árvores em cima de nós. Silenciosa. Fizemos uma mudança de casa numa carroça puxada a uma mula, que o condutor insistia que era um cavalo para não baixar o preço. Descemos uma cachoeira como se fosse um escorrega. Fomos atropelados por um cardume de peixes-sargento.
A vida quotidiana.
Viajamos agora para o Peru, mas já estamos morrendo de saudade.


Ce que nous espérions, et aussi un peu plus. Nous avons assisté au coucher du soleil du haut du Pain de Sucre. Nous avons rencontré des anges en chair et en os et en plumes, et puis des singes sagui en pleine ville, comme si c'était des pigeons. Nous avons grimpé et dévalé des montagnes de racines dans tous les sens, sans râler. Nous avons traversé des rivières sur des ponts suspendus par du fil dentaire (ou presque), sans frémir. Nous avons descendu une rivière sur les fesses. Nous avons déménagé en charrette tirée par une mule. Nous avons été pris dans une bousculade de poissons sergent.
Bref, la vie quotidienne.
Nous sommes maintenant partis pour le Pérou mais la saudade nous rattrape déjà.

domingo, 14 de setembro de 2014

O Rio de Janeiro continua lindo


Este princípio de viagem seria uma batota, se estivéssemos a jogar um jogo com regras. Não existe quase esforço linguístico a fazer, há baloiços e escorregas em cada esquina, o trabalho escolar avança a passo de caracol, os ônibus saem à hora, as malas perdidas encontram-se a elas mesmas, os lençóis anti insectos continuam guardados e o chopp está gelado. 
Uma partida ao ritmo da bossa nova : a Julia sabia do que estava a falar, quando sugeriu começarmos pelo Rio. Valeu.

Admettons que ce voyage commence un peu par de la triche (s'il y avait une règle du jeu). Pas un énorme effort linguistique à fournir ; des balançoires et toboggans à chaque coin de rue ; les bus à l'heure ; des bagages perdus qui se retrouvent tout seuls ; les draps anti-insectes encore au fond du sac ; le chopp bien frais. Bref, démarrage en douceur, et une suggestion pertinente de Julia de commencer par Rio de Janeiro.